Opus Dei x Igreja Católica Romana

 

 

Esta é uma imagem tenue de uma organização religiosa que vive à sombra e à custa da Igreja Católica Romana, e que tenta, a todo o custo, conquistar o poder.
No final do século XX, quando o homem se esforça por Alcançar Cada vez mais bem estar, quando um PROGRIDE ciência cada vez mais ao serviço desse bem estar, quando se consegue aumentar a esperança de vida, quando o homem caminha mais e mais um para personalização do indivíduo e para um maior acesso e democratização da cultura, quando o homem, enfim, defende uma tolerância ea liberdade do indivíduo, existe uma organização que APELA à Penitência e à mortificação, exalta a dor humana, pratica a censura cultural o, defende escamoteamento de factos científicos (quando praticados ou defendidos por alguém contrário à sua doutrina) que, enfim, pretende dos seus elementos uma obediência cega e faz uma apologia da despersonalização do indivíduo, quando esta Instituição é tolerada e se mantém com um gradually numa Sociedade Europeia elevado nível civilizacional, algo não está bem.
O paradoxo é demasiado.

 

1. História

A Opus Dei Nasceu em 2 de Outubro de 1928 de uma visão. O então padre José Maria Escrivá de Balaguer (1902-1975) (2) viu qual a missão que Deus lhe destinou: a de "levar homens de todos os Meios - começando pelos intelectuais para chegar depois aos outros - a responder a uma vocação específica QUE CONSISTE procurar em uma santidade e em fazer apostolado no meio do mundo, não Exercício da sua profissão ou trabalho, sem mudar de estado ".

Inicialmente, as mulheres não tinham cabimento na Obra de Deus (Opus Dei), Mas uma nova "inspiração divina" (14 de Fevereiro de 1930) fez-lhe ver que elas também Podiam participar da Santificação. Constituiu-se então uma secção feminina, totalmente separada da masculina.

Iniciado em 1928 em Espanha, um em 1946 somente Opus Dei iniciou a sua fase de expansão para diversos Países do Mundo, encontrando-se disseminada em 1969 por 30 Países (3). O primeiro país para onde se expandiu foi precisamente Portugal, onde, em 1946, Escrivá de Balaguer veio ESTABELECER os primeiros contactos com bispos. Nesse mesmo ano, chegaram alguns membros que fixaram residência em Coimbra, onde erigiram um centro. Espalharam-se depois para Lisboa e para o Porto.

Mas uma da vida Opus Dei Nenhum interior da Igreja Católica Romana não foi pacífica.

 

"Tens uma Obrigação de te santificar. Tu também. Quem pensa que é tarefa exclusiva de sacerdotes e religiosos?" (Caminho, 291)

diz Escrivá de Balaguer. Este apelo à vocação da Santificação no mundo cedo foi visto como heresia por muitos dos Clérigos. No entanto, os maiores problemas que se colocavam eram de cariz jurídico, na medida em que uma Opus Dei possuía leigos como directores espirituais e como elementos de formação. Ora, o Código de Direito Canónico de 1917, então em vigor, apenas previa, para as Instituições Internacionais, o direito dos religiosos, que uma condição Opus Dei, Mediante as suas estruturas sociais profanas ultrapassava, largamente. Além do mais, existia um latente conflito com as Autoridades Territoriais Eclesiasticas pois, ao contrário do que prescrevia o direito canónico, os sacerdotes da Opus Dei Não se colocavam debaixo Autoridade da sua diocese episcopal da.

Não vamos aqui referir todos os passos do processo de regularização da Opus Dei Não seio da Igreja Católica Romana, na medida em que, além de fastidioso, depararíamos com questões de Direito Canónico que ultrapassam os nossos conhecimentos. Diga-se somente que, apenas em 1947, uma Instituição Opus Dei encontrou o primeiro estatuto jurídico, com uma criação dos Institutos Seculares, Pela Constituição Apostólica Provida Mater Ecclesia(4) E que um Aprovação definitiva da Opus Dei pela Santa Sé se verificou somente em 1950 (16 de Junho), com o decreto Primum inter de Pio XII.

A solução jurídica definitiva para um Opus Dei foi encontrada Através da criação de Prelaturas Pessoais ou Apostólicas, Pelo Decreto Presbyterorum ordinis (7.12.1965) e pelo "Motu Proprio" de Paulo VI, Sanctae Ecclesiae (6.8.1966). No entanto, culminando Estudos Elaborados desde 1969, um Opus Dei apenas foi erigida em Prelatura Pessoal Em 28 de Novembro de 1982, pela Constituição Apostólica Ut sit.

Como prelaturas pessoais(5) São "estruturas jurídicas, de carácter puramente pessoal" (ou seja que normalmente não se circunscrevem um um espaço territorial, como as dioceses) "e secular, erigidas pela Santa Sé para a Realização de actividades pastorais peculiares, à escala de uma região, de uma nação ou do mundo inteiro ".

 

 2. Estrutura organizativa e importâcia mundial

A Prelatura pessoal Opus Dei ou, CORRECTAMENTE mais, um Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei, Encontra-se dotada de Estatutos Próprios, depende da Sagrada Congregação para os Bispos, ea sede do seu governo central é em Roma (Viale Bruno Buozzi, 75).

O governo central é dirigido por um Prelado (actualmente Mons. Álvaro del Portillo), eleito vitaliciamente por um congresso electivo convocado para esse fim. Deve Exercer o Sacerdócio há, pelo menos, cinco anos e ser confirmado pelo Papa.

O Prelado pode Designar um Vigário Auxiliar e dirige, tanto uma secção masculina como uma secção feminina, coadjuvado pelos respectivos orgãos de consulta.

Estes são um Conselho Geral, o que auxilia na direcção da secção masculina e que é constituído pelo Vigário Auxiliar (caso o haja), pelo Vigário Secretário Geral, pelo Vigário para uma secção feminina (denominado Vigário Secretário Central), por três Vice-Secretários , por um Delegado de cada região pelo menos, pelo Prefeito de Estudos e pelo Administrador Geral; na direcção feminina, por sua vez, é auxiliado pelo Vigário Auxiliar (se o houver), Vigário Secretário Geral, pelo Vigário Secretário Central e pela Assessoria Central , organismo semelhante e com Funções análogas ao Conselho Geral da secção masculina.

Todos estes dignatários, COM EXCEPÇÃO do Vigário Auxiliar, são nomeados por oito anos.

As relações com a Santa Sé são asseguradas por um procurador, que ser sacerdote deve. De igual modo são obrigatoriamente escolhidos entre os sacerdotes o Vigário Auxiliar, o Vigário Secretário Geral eo Vigário Secretário Central. A direcção espiritual comum de todos os membros da Opus Dei é coordenada por um Diretor Espiritual Central, sob a direcção do Prelado dos Conselhos e.

A Opus Dei Congrega dentro de si sacerdotes e leigos. Os sacerdotes Incluem o clero Prelatura de, constituído por leigos que, além de uma formação superior seguem civil,, no seio da Prelatura, os Estudos Eclesiásticos Necessários; e por sacerdotes que à adscrevem se Opus Dei, Oriundos de uma diocese, Através da Sociedade sacerdotal da Santa Cruz, Associação fundada pela Opus Dei. Estes últimos Mantêm-se, no entanto, na dependência total e exclusiva do bispo da diocese RESPECTIVA.

 

Os leigos dividem-se em Numerários, Agregados, Supranumerários e Cooperadores.

Os Numerários São sacerdotes e leigos que colaboram com "todas as suas Forças e uma total disponibilidade" nas Tarefas Apostólicas particulares da Opus Dei, Resistindo normalmente nos centros da Prelatura. Cabe-lhes a formação dos Fiéis ea direcção das actividades Apostólicas.

Os Agregados São leigos que, vivendo "no celibato apostólico", não residem interior das suas famílias naturais. Exige-se-lhes, à semelhança dos anteriores, uma dedicação total à Opus Dei.

Os Supranumerários São leigos solteiros ou casados, que Participam apenas na Obra de Deus na medida em que as suas actividades pessoais e familiares Permitam o.

Finalmente, os Cooperadores São Aqueles que, não sendo membros da Opus Dei, Suas colaboram nas Tarefas, com "uma oração, uma esmola e mesmo o seu trabalho". Segundo a bibliografia, también indivíduos que nao Sejam católicos ou, inclusivamente, não cristãos!

Insiste-se na Variedade dos membros leigos da Opus Dei, Que pertencem a todas as Condições sociais, desde simples pedreiros uma políticos, não havendo assim nenhuma forma de elitismo social. No entanto, como um pouco mais adiante Analisaremos, como preferências de recrutamento são bem marcadas, dando-se preferência ao intelectual e ao estudante universitário.

Vejamos agora como se processa o ingresso na Opus Dei. A idade mínima é de 18 anos, não havendo limite etário superior. A entrada faz-se por meio de um Vínculo de carácter contratual entre uma Prelatura eo leigo: a Prelatura compromete-se a Assegurar uma formação "doutrinal, religiosa, espiritual, ascética e apostólica" e assegura ainda a ajuda pastoral especial dos sacerdotes da Prelatura, bem como o Cumprimento de todas as Obrigações Impostas pelos Estatutos da Opus Dei; Por seu lado, o interessado compromete-se a uma Permanecer sob Jurisdição do Prelado e dos altos dignatários da Prelatura e declara estar firmemente disposto a procurar uma santidade ea fazer apostolado. Compromete-se ainda a Cumprir todos os deveres que as normas da Opus Dei obrigam ea obedecer às suas Autoridades de matérias em regime de espírito e de apostolado.

Segundo Dominique Le Tourneau, todos são livres de se desligar da Opus Dei, Embora acrescente que isso não significa "que as almas não Estejam ajudadas mediante uma perseverar Apropriada direcção espiritual".

A Opus Dei exige do novo elemento uma obediência absoluta e incondicional dos Directores da Prelatura, ou seja, aos Directores Espirituais. Embora Escrivá de Balaguer tratar Refira-se de uma obediência voluntária e responsável, Através do espírito de iniciativa de seres livres e inteligentes, uma peuqena análise de alguns passos do Caminho mostra algo diferente:

 

"Diretor. Precisas dele. Para te entregares, para te dares ..., obedecendo. E Director que conheça o teu apostolado, que saiba o que quer Deus; secundara assim, eficácia com, a acção do Espírito Santo na tua alma, sem te tirar do lugar em que estás ..., enchendo-te de paz, e ensinando-te a Fecundo Tornar o teu trabalho "(Caminho, 62).

 

"Nos trabalhos do apostolado não há desobediência pequena" (Caminho, 614).

"Obedecer ... - Caminho Seguro. Obedecer cegamente ao superior {...}" (Caminho, 914)

Mas a Opus Dei Exige mais. Exige "uma intensa vida sacramental, principalmente centrada na Missa e na Comunhão diárias e na Confissão semanal; uma prática habitual da oração mental (até uma hora por dia); a leitura do Novo Testamento e de um livro de espiritualidade; uma recitação do Terço ; o exame de consciência; uma recolecção mensal e um Retiro anual, a procura constante da presença de Deus; uma filiação divina Consideração da; uma recitação de COMUNHÕES espirituais, actos de desagravo, orações jaculatórias ", etc, etc Exige Igualmente um prática quotidiana do sacrifício e da Penitência, incluindo uma mortificação.

Segundo o que nos foi Possível apreender de informações obtidas, a ministração da doutrina faz-se por meio de meditação individual e colectiva, Através de palestras e aulas. Pelo menos num nível mais elementar, existem três tipos de "sessões" doutrinárias: uma meditação semanal, motivada por um jovem, versando temas da doutrina da Opus Dei, Onde rondam os grupos de 4 ou 5 pessoas e se Requerem Homogéneos. Uma outra sessão, de cerca de 2 horas e 30 minutos, efectua-se três vezes por semana, constando de uma palestra sobre doutrina da Igreja, uma missa e uma meditação interior, que é efectuada do seguinte modo: o orador ou um sacerdote vão efectuando interrogações em voz alta, a que cada indivíduo interiormente responder deve. A sessão termina com uma confissão, que é facultativa. Por fim, Realizam-se semanalmente conferências, proferidas por pessoas mais antigas na Opus Dei, Versando de um modo mais pragmático, problemas da Sociedade ea sua resolução de acordo com uma doutrina da Obra.

Acrescente-se que os membros da Opus Dei sempre tem à sua disposição um capelão para se confessarem eo seu director a quem Devem ocultar nada.

Em 1984, o número de Fiéis leigos da Prelatura rondava os 73 000, de 87 nacionalidades, equilibrando-se o número de homens e mulheres. Do que resulta, uma média de cerca de 840 membros leigos por nação. Pesando muito embora todos os condicionalismos de um número calculado de modo tão simplista, verifica-se que a da implantação social Opus Dei Não era, em 1984, muito elevada. Quanto ao número de sacerdotes, estes eram, em 1985, cerca de 1220 apenas, sendo o crescimento anual da ordem de 60 sacerdotes, o que, uma Manter-se, Levará um número um, em finais de 1988, de cerca de 1400. Assim, em 1984, os sacerdotes representavam cerca de 1,6% do total dos membros da Opus Dei.

Em Portugal, em finais de 1985, Existiam cerca de 2000 membros, incluindo aproximadamente 15 sacerdotes, representando 0,75% do total. Concentravam-se sobretudo em Lisboa, Porto e Coimbra, membros Igualmente embora existissem em Braga, Guimarães, Famalicão, Lamego, Viseu, Guarda, Aveiro, Figueira da Foz, Leiria, Caldas da Rainha, Évora, Montemor-o-Novo, etc

Apesar de a sua implantação social não ser muito elevada, uma Opus Dei não é vista com muito bons olhos por grande parte da hierarquia católica, na medida em que Constitui como que um "Estado" dentro da Igreja e Possui poderosas influências, chegando mesmo uma suspeitar-se da sua responsabilidade na escolha do Papa presente.

No mundo profano, o seu papel não é menor em Certos Países como, por exemplo, em Espanha ou em Itália, por onde transpiram vezes para os jornais Certos pormenores da sua influência económica e política(6).

Este um efectivo poder tende aumentar, na medida em que os alvos preferenciais do recrutamento da Opus Dei São os intelectuais, os professores universitários e os estudantes universitários, muitos deles futuros professores. Asseguram assim um proselitismo fácil e eficaz.

Quanto a orgãos de informação Próprios, o Governo Central elabora um Boletim Informativo que, depois de traduzido, é Distribuído gratuitamente a quem o quiser pela Vice-Postulação de cada país. Em Portugal já saiu o n º 7.

3. Doutrina e Filosofia

Vejamos um pouco mais pormenorizadamente Quais os fins práticos da Opus Dei. Segundo um documento emanado em 1983 da Santa Sé, estes dois são, ambos pastorais:

    a) Cumprimento dos Compromissos ascéticos, formativos e apostólicos da Prelatura;

    b) fazer apostolado e presbiterio da Prelatura do laicado, a fim de difundir pela sociedade o chamamento universal à santidade.

     

No entanto, Escrivá de Balaguer é mais preciso:

"O fim geral do Instituto(7) Santificação é um dos seus membros pela prática dos conselhos evangélicos ea observancia das constituições próprias. "(8).

"O fim específico é trabalhar com todas as Forças para que as classes dirigentes, principalmente os intelectuais, adiram aos preceitos e ainda aos conselhos de Cristo Nosso Senhor e os Ponham em prática, e deste modo, fomentar e difundir uma vida de perfeição em todas as classes da sociedade civil formar homens e mulheres e para o Exercício do apostolado no mundo "(9).

 

Compreende-se de imediato um FINALIDADE DA Opus Dei em se implantar prioritariamente junto de centros universitários. É neles que se forma uma maioría dos Dirigentes e intelectuais das Nações. Aumentam assim as Possibilidades de colocar no poder elementos que actuem debaixo do seu controle.

Muito embora Dominique Le Tourneau que Refira um Opus Dei própria doutrina não tem e não Constitui escola própria em questões filosóficas, teológicas ou canônicas - assim teria de ser para uma sua aceitação não seio da Igreja -, pela leitura do seu livro fundamental, o Caminho e de outras obras Devidas um Escrivá de Balaguer, torna-se claro que Possui uma doutrina e uma filosofia próprias.

O Caminho (Camino Castelhana na versão original), foi escrito por José Maria de Balaguer em 1934. Em 1987, contava já com 216 edições, em 37 idiomas, num total de 3 409 664 exemplares. É um livro escrito em discurso directo, em forma de confidências. Consta de 999 artigos ou versículos, divididos por 46 capítulos. Destina-se prioritariamente aos jovens do sexo masculino.

Uma análise superficial forçosamente desta obra Permite distinguir Claramente algumas linhas-força que Julgamos Necessário salientar.

a) Apelo à despersonalização individual Através de uma humilhação constante e de uma subjugação completa ao director espiritual.

 

    "Não te esqueças de que és ... o depósito do lixo. [...] Humilha-te, não sabes que és o caixote do lixo?" (Caminho, 592).

    "Não desaproveites uma ocasião de abater o teu próprio juízo: - Custa ..., mas que é agradável aos olhos de Deus" (Caminho, 177).

    "Não és humilde quando te humilhas, mas quando te humilham eo aceitas por Cristo" (Caminho, 594).

     

     

    • querendo casar, deve o director ou o confessor aconselhar a leitura de um livro Adequado, com o qual será mais fácil "dignamente levar as cargas do lar" (Caminho, 26);

       

    • a ele nada se DEVE ocultar mesmo, nem as invectivas dos inimigos:

       

      "Não ocultos ao teu Director essas insinuações do inimigo. A vitória do Tua, ao fazeres uma confidência, dá-te mais graça de Deus. E, além disso, agora dez, para continuares a vencer, o dom do conselho e como orações do teu Pai espiritual "(Caminho, 64);

       

    • mesmo que não tenha razão, é quase inquestionável:

       

      "[...] E nunca o contradigas diante dos que lhe estão sujeitos, mesmo que não tenha razão »(Caminho, 954).

       

    O espírito crítico apresenta-se, por sua vez, como algo prejudicial a Santificação do homem e à prática do apostolado, pelo que DEVE ser combatido sem tréguas:

     

    "[...] Haveis de trazer um manto invisível que Cubra todos e cada um dos vossos sentidos e Potências [...]" (Caminho, 946).

    "É má disposição ouvir as palavras de Deus com espírito crítico" (Caminho, 945).

    "No Apostolado, estás para te submeteres, para aniquilares te; nã para impor o teu critério pessoal» (Caminho, 936).

     

     

    "[...] Pega numa caneta e num papel, simplesmente escreve e confiadamente - ah!, E com brevidade - os motivos que te preocupam, entrega uma mensagem ao superior, e não penses mais nela. - Ele, que vos quem é dirige e tem graça de estado, arquivará a nota ... ou deita-la-á nenhum dos papéis cesto. - Para ti, como o teu espírito crítico não é murmuração, e só o exercitas para fins Elevados, tanto faz "(Caminho , 53).
    E se, para além destes conselhos, o espírito crítico persistir, é como um grande estorvo para a obra pessoal, a solução apontada é de imediato:
    A entrega ao Diretor Espiritual total deve ser, como já aqui foi referido, sendo ele quem determina a acção de cada membro da Opus Dei, Nos mais variados aspectos:

 

É o superior, ou seja o diretor, quem decide Importância da das inquietações e dúvidas de cada um e, em todo o caso, não se pense que se consegue uma resposta para estas interrogações. Na melhor das hipóteses, estas são arquivadas!

 

b) frequente Penitência e mortificação constante.

 

    São ideias permanentes ao longo de todo o ideário desta Instituição. Sendo cautelosa em não assustar de imediato com práticas físicas, uma Opus Dei explica que uma mortificação constante resulta muito melhor e uma maior bue Possibilidade de purificação espiritual, se for praticada permanentemente nas coisas simples do dia a dia: se se tiver sede, atrasar meia hora o acto de beber água; SE UM se tiver vontade de fumar Cigarro, o logotipo não fumar, comer menos do que aquilo que nos apetece; Possível reter o as Necessidades fisiológicas, etc, etc Mas, enfim, todas as formas de mortificação são lícitas. Todos estes Sacrifícios São Efectuados constantemente pela Remissão das faltas e Humanas Oferecidos a Deus. Assim se caminha sem sentido individual da Santificação e se ganha uma maior experiência espiritual.

    Vejamos agora alguns passos interessantes do Caminho, Complementados pelos de uma obra póstuma de Escrivá de Balaguer, Sulco, Escrita no mesmo estilo da anterior(10):

     

    "Nenhum ideal se torna realidade sem sacrifício. Nega-te a ti mesmo, É tão belo ser vítima!" (Caminho, 175).

    "Onde não há mortificação, não há virtude» (Caminho, 180).

    "Bendita seja a dor. Amada seja a dor. Santificada seja a dor ... glorificada seja a dor!" (Caminho, 208).

    "O teu maior inimigo és tu mesmo" (Caminho, 255).

    "A mortificação é de uma extraordinária Importância, sob todos os pontos de vista:
    por razões humanas, pois quem não sabe dominar-se a si mesmo nunca influirá positivamente nos outros, eo ambiente vence-lo-á, quando satisfizer os seus gostos pessoais: será um homem sem energia, Incapaz de Um Grande Esforço quando for necessário;
    por razões divinas: não te parece justo que, com estes pequenos actos, demonstremos o nosso amor e acatamento a quem tudo deu por nós? "(Sulco, 980).

    "Que pouco vale a Penitência sem uma contínua mortificação" (Sulco, 223).

    "Um Um dia sem mortificação é dia perdido, porque não nos negamos a nós mesmos, não vivemos em holocausto" (Sulco, 988).

     

c) Apelo à criação de líderes

 

    Esta é outra das Constantes da doutrina não Contido Caminho, Apesar dos aspectos contraditórios ao desenvolvimento de uma personalidade, já apontados. APELA-se a que o jovem se torne num "chefe", que seja o melhor na sua profissão, de um modo sobressair ea conquistar os mais Elevados postos:

     

    "[...] Corrige-favor, por te. Nescio e tudo, podes chegar a ocupar cargos de direcção (mais um de caso tem se visto) e, se não te convence da tua falta de dotes, negar-te-ás a escutar os que tem dons de conselho [...]" (Caminho, 352).

    "Estudante: forma-te numa piedade sólida e activa, sobressai nenhum estudo, sente firmes desejos de apostolado profissional. E eu te prometo, ante o vigor da tua formação religiosa e científica, próximas e Amplas conquistas" (Caminho, 346).

     

     

    "Os livros. Compres Não te sem aconselhares com pessoas cristãs, doutas e discretas. Poderias comprar uma coisa inútil ou prejudicial [...]" (Caminho, 339).
    Outros aspectos Poderiam ser focados acerca da doutrina e da Filosofia da Opus Dei. Salientaremos ainda uma censura cultural a que cada membro se encontra sujeito, como que para concluir acerca do espírito desta Instituição:
Algumas palavras ainda acerca dos métodos de difusão da ideologia da Opus Dei e da sua atitude para opiniões contrarias com.

A Opus Dei universalistas tem pretensões, como aliás é característico de todas as seitas e sociedades de fundo cristão. O proselitismo DEVE SER UMA das características de todos os seus membros, que Devem trabalhar individualmente nenhum sentido de cativarem novos elementos, Através do seu exemplo.

No entanto, uma Opus Dei Requer discrição, na medida em que o publicitário uma condição de membro da Prelatura pode atrair o inimigo e, como uma sua doutrina e ideologia nem sempre se encontra consistentemente Apegada ao coração dos seus membros, estes desviados también fazer apostolado mediante argumentação fácil. O Apostolado DEVE ser praticado na sociedade, no interior da família ou do grupo profissional, no seio dos amigos, com naturalidade mas com constância. E DEVE o "apóstolo" Além disso, JAF os Meios que esses grupos Põem à sua disposição:

 

"Que passe inadvertida a vossa condição, como passou a de Jesus, durante trinta anos" (Caminho, 840).

"Acredita em mim, o apostolado, a catequese, em geral, tem de ser capilar: um a um. Cada crente com o seu companheiro imediato.
A nós, filhos de Deus, importam-nos todas as almas, porque nos importa cada uma delas "(Sulco, 943).

"Cala-te. Não te esqueças de que o teu ideal é como uma recém-luzinha acesa. Pode bastar um sopro para apagá-la do teu coração" (Caminho, 644).

"Os sectários chamam vociferam contra aquilo a que 'o nosso fanatismo', porque os séculos passam ea Fé católica permanece imutável.
Pelo contrário, o fanatismo dos sectários - Porque não tem relação com a verdade - de época para época muda de vestidura, elevando contra a Santa Igreja o espantalho de meras palavras, esvaziadas de conteúdo pelos seus actos: "que aprisiona Liberdade», «progresso 'que faz regressar à selva;' ignorância que ciência "esconde ... Sempre um barracão que encobre velha mercadoria estragada.
Oxalá que o teu fanatismo "se torne cada dia mais forte pela Fé, única defesa da Única Verdade" (Sulco, 933).

 

 

"Servir de altifalante ao inimigo é uma soberana idiotice; e, se o inimigo é inimigo de Deus, é um grande pecado. Por isso, nenhum terreno profissional, nunca louvarei uma ciência de quem se serve dela como cátedra para atacar a Igreja" ( Caminho, 836).

"Não se pode tolerar que ninguém, nem mesmo com bom fim, falseie a história ou a vida. Mas Constitui um grande erro levantar um monumento aos inimigos da Igreja, que consumiram os seus dias um Persegui-la. Convence-te: a verdade histórica não sofre por um cristão não colaborar na construção de uma estátua QUE NÃO DEVE existir: desde quando o ódio se apresentou como modelo? " (Sulco, 938).

 

 

"Chefes! ... Viriliza a tua vontade, para que Deus te faça o chefe. Não procedem como vês como sociedades secretas malditas? Conquistam Nunca como massas. Antros Nos seus, uns tantos homens formam-Demónios que se movimentam e Agitam como Multidões, tresloucando-as, para fazê-las ir atrás deles, ao precipício de todas as desordens ... e ao Inferno. Eles levam uma semente amaldiçoada. [...]" (Caminho, 833)

 

É sintomática e interessante a referência que se faz às sociedades secretas (O que são Sociedades Secretas: Maçonaria, Opus Dei, Mafia, FP-25?!) Ao mesmo tempo que ilustra melhor aquilo que já referimos acerca dos "chefes":
A atitude para com Aqueles que se opõem ou não concordam com os ideais da Opus Dei é muito simples: ignorá-los completamente, por muito que seja o mérito ou o valor do inimigo:

Fica assim bastante claro o modo inteligente como uma Opus Dei Pretende conquistar o mundo para a salvação: primeiro e principalmente, convencer os intelectuais e dirigentes, são por esses que efectivamente governam o destino dos Povos e, sobretudo, lhes ministram educação e cultura.

 

João Pedro Ferro

 

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